Entre Aspas
Triste “vanguarda”: Brasil já exporta golpes digitais
“Quase 300 milhões de tentativas de golpes de engenharia social — aqueles em que o cidadão é direcionado por criminosos a fornecer dados ou clicar em link suspeito que o deixa vulnerável a prejuízo – foram identificados nos 12 meses terminados em julho pela filial da Kaspersky”, é o que diz a matéria publicada em 22/10/2023 na versão digital do jornal O GLOBO, em reportagem assinada pela jornalista Letícia Lopes, completando que “segundo Fábio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da empresa para a América Latina, o Brasil passou da posição de protagonista no cenário de fraudes digitais e financeiras para a de exportador, levando para fora do País a expertise que vitima milhares diariamente”.
Na mesma matéria, Alessandro Barreto (coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas — CiberLab, do Ministério da Justiça e Segurança Pública) concorda que “o País é um celeiro de crimes patrimoniais na internet”, relembrando que “se a gente puder escolher uma ameaça (para dar como exemplo), é o trojan bancário — malware que invade aplicativos dos bancos. O criminoso brasileiro se especializou nisso, e o sistema bancário local está acostumado, mas nem todos os bancos na América Latina e na Europa contam com as mesmas tecnologias de proteção, o que os torna ainda vulneráveis a estes ataques “, afirmou o coordenador do CiberLab.
Campanhas de conscientização
“O Diretor adjunto de Serviços Financeiros da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Walter Faria, defende que os sistemas de segurança das instituições financeiras são “muito bem estruturados” e que os criminosos acabam recorrendo ao “elo mais fraco” para aplicar os golpes: os consumidores. Por isso, diz, os bancos estão investindo em campanhas de conscientização:
“— Também estamos trabalhando num canal de comunicação para que o cliente vítima de golpe ou que tenha o celular roubado consiga informar a instituição e evitar fraudes. A ideia é que o sistema fique pronto no ano que vem e seja compartilhado. O banco que for contatado perguntará se o usuário é correntista de outros e repassará a informação.”
Confira algumas ciladas:
1) Golpe do 0800 e/ou ligações de atendente virtual - Falsos alertas são enviados via SMS ou aplicativo de mensagem avisando sobre uma transação suspeita no cartão de crédito. No texto, os criminosos indicam à vítima contatar uma falsa central telefônica na qual induzem a vítima a fornecer dados bancários. Numa variação deste golpe por SMS, os criminosos entram em contado por telefone, simulando atendimento via “inteligência articial” e indicam à vítima contatar uma falsa central telefônica. Para dar mais credibilidade, o número usado é um 0800. Na ligação, o golpista solicita informações confidenciais, como senhas e números de cartões, e até induz a pessoa a realizar transações financeiras. Outro artifício é afirmar que milhas ou pontos do cartão estão vencendo para estimular o contato com a falsa central e o fornecimento de dados.”
2) Assuntos do momento usados como isca - Oscar, Copa do Mundo, lançamentos de séries, datas comemorativas são iscas usadas para atrair vítimas no chamado phishing. Por meio de mensagens via e-mail, SMS ou app, as pessoas são convencidas a se cadastrarem para retirar brindes, o que permite o roubo de dados e traz risco de prejuízos, como compras no cartão de crédito ou clonagem de WhatsApp”
3) Desenrola ou Valores a Receber - Programas de governo têm sido usados com frequência por quadrilhas. No caso do sistema Valores a Receber, do Banco Central, por exemplo, argumentam que há uma soma esquecida a ser retirada, e alegam que, para isso, deve-se pagar a “taxa de saque”. A primeira fase do Desenrola Brasil, de renegociação de dívida, foi usada por criminosos que enviaram e-mails, mensagens e criaram sites falsos usando nome e logo do programa. O governo diz que só se comunica por SMS, e sem qualquer link.”
Saiba mais sobre outras ciladas comuns na internet contra o consumidor, diretamente na reportagem completa do jornal O GLOBO>>>).
A AFABRB, na condição de entidade de caráter associativo, sente-se no dever de expressar ideias e sentimentos de interesse geral. Assim, em certas ocasiões, pretende despertar em seus associados aquele velho e salutar sentimento de reflexão! Destarte, vez por outra, ela divulga no AFA EM FOCO matérias já publicadas na mídia – aquelas pontuais, de oportunidade. |
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